Neste trabalho são apresentadas curvas de fragilidade para o estudo da reabilitação de uma ponte rodoviária utilizando isoladores sísmicos. O objeto deste estudo é a ponte Chemin des Dalles que fica sobre a Rodovia 55 e está localizada na cidade de Trois-Rivières na província de Quebec, Canadá. Uma série de acelerogramas artificiais de terremotos compatíveis com a região leste do Canada foi utilizada com o intuito de reproduzir as incertezas quanto à natureza dos eventos sísmicos na região. O modelo do sistema de isolação representa isoladores em borracha natural colocados entre as longarinas e as transversinas e sobre os encontros da ponte. A disposição destes elementos desacopla os movimentos da superestrutura e da infraestrutura, aumentando a flexibilidade do sistema reduzindo assim os esforços transmitidos à infraestrutura. Finalmente, as curvas de fragilidade para os modelos da ponte real e reabilitada foram comparadas evidenciando a efetividade do sistema de isolação para diminuir a vulnerabilidade sísmica desta ponte.

This paper presents fragility curves for the evaluation of a highway bridge retrofitted with seismic isolator devices. The object of this study is the Chemin des Dalles bridge over Highway 55 located in Trois-Rivières in Quebec, Canada. A series of synthetic ground motions time histories compatible with eastern Canada are used to capture the uncertainties related to the hazard. The seismic isolator model represents natural rubber bearing placed under the longitudinal girders over the bents and the abutments of the bridge. NRB isolators are placed in these locations to uncouple the movement of the superstructure and the infrastructure, increasing the flexibility of the system and decreasing the forces transmitted to the infrastructure. Finally, a set of fragility curves for the as-built and retrofitted models are compared to evaluate the effectiveness of seismic isolation to decrease the seismic vulnerability of this bridge.

As propriedades das barras de aço são causas de importantes problemas, tais como a durabilidade, ocorridos em certas estruturas de concreto armado. O uso de barras de fibras de vidro impregnadas com polímero (FRP) é uma das alternativas encontradas na literatura para essas estruturas específicas. Neste trabalho, seis vigas de concreto armado foram submetidas a ensaios de flexão em quatro pontos. Uma das vigas foi armada com aço CA-50 (viga de controle) e outras cinco foram armadas com barras de fibra de vidro impregnadas com polímero. Os ensaios foram realizados no Departamento de Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos. O programa experimental tinha por objetivo fazer uma comparação, em termos de resistência, deformação da armadura, deslocamento e alguns aspectos de ancoragem, das vigas armadas com barras de GFRP e a viga de controle armada com barras de aço CA-50. Os resultados mostraram que as vigas armadas com barras de GFRP apresentaram resistências menores do que a da viga armada com barras de aço, quando dimensionadas com os mesmos parâmetros de resistência. Além disso, foi observado que as vigas armadas com barras de GFRP podem atingir a mesma resistência à flexão da viga com barras de aço se, além da força resultante das tensões de tração nas barras também as rigidezes forem iguais, ou seja, se os produtos de inércia Ec Ac forem iguais.

The use of fiber reinforced polymer (FRP) bars is one of the alternatives presented in recent studies to prevent the drawbacks related to the steel reinforcement in specific reinforced concrete members. In this work, six reinforced concrete beams were submitted to four point bending tests. One beam was reinforced with CA-50 steel bars and five with glass fiber reinforced polymer (GFRP) bars. The tests were carried out in the Department of Structural Engineering in São Carlos Engineering School, São Paulo University. The objective of the test program was to compare strength, reinforcement deformation, displacement, and some anchorage aspects between the GFRP-reinforced concrete beams and the steel-reinforced concrete beam. The results show that, even though four GFRP-reinforced concrete beams were designed with the same internal tension force as that with steel reinforcement, their capacity was lower than that of the steel-reinforced beam. The results also show that similar flexural capacity can be achieved for the steel- and for the GFRP-reinforced concrete beams by controlling the stiffness (reinforcement modulus of elasticity multiplied by the bar cross-sectional area - EA) and the tension force of the GFRP bars.